Ray - Décima oitava parte .

Assenti com a cabeça e ele virou-se para o armário, de costas para mim e eu reparei numa tatuagem que ele tinha. Perto da parte de trás do ombro estava um olho, muito brilhante. Engoli em seco. Seria ele um Rayno ou estaria eu a alucinar? Ele pegou na roupa e saiu do quarto. Voltou dentro de pouco tempo já vestido. Entretanto já eu me tinha sentado na cama a pensar na sua tatuagem.

- James, a tua mãe? Ela não se importa que eu esteja aqui?

- Claro que ela não se importaria, se ainda estivesse viva...

- A tua mãe faleceu? – Perguntei eu chocada, mais uma coisa que fazia sentido.

- Sim, está quase a fazer dois anos. A tua foi há uns dois meses, não foi?

- Sim, fiquei muito triste. Mas já passou... Dei a volta por cima.

Ele sorriu docemente, observou-me e olhou para o meu pé.

- Já não está inchado, vê se ainda te dói ao andar.

Pus os pés no chão e já não me doía.

- Ainda bem. Queres tomar um banho? Se quiseres ligar ao teu pai para te vir trazer uma roupa. Não te deixo ir para casa nesse estado.

- Não... Eu não quero incomodar, a sério. Eu estou bem, vou já para casa.

- Não, não. Vais ligar ao teu pai, contar o que se passou e pedir para ele te trazer uma roupa para tu tomares banho e se for preciso ainda jantas cá, ok?

- Ok, ok. Mas não vai ser preciso, a sério. Eu depois do banho vou logo para casa.

Ganhou a discussão e eu depois de tomar banho e de me vestir, acabei por jantar lá. Ficámos a ver um bocado de televisão, afinal no dia seguinte era Sábado.

Continua (: