quarta-feira, 30 de novembro de 2011

um dia mando foder isto tudo e baldo-me daqui para fora .
hoje ainda não é o dia .

domingo, 27 de novembro de 2011

Ray - Vigésima segunda parte .

... estar com o James e a falar com a Sophie e ainda disponibilizar algum tempo para estar com a Marie e a minha mãe.

Combinei tudo e com algum custo, a minha melhor amiga desde o terceiro ano aceitou encontrar-se comigo, eu ia a casa dela antes de ir ter com o James.

Fui tomar banho e preparar-me para sair depois de almoço. Entretanto era quase uma hora da tarde e além de o Pierre já ter acordado e andar pela casa a fazer barulho e a brincar com a Aline, o meu pai chegou assim que saí do banho.

Almoçámos e fiquei a ver televisão durante algum tempo até serem horas decentes para ir embora. Ainda ajudei o meu irmão a fazer os trabalhos de casa.

Cheguei a casa da Sophie, toquei à campainha e foi a mãe dela que abriu a porta. Fui ter ao quarto e lá estava ela, como costumava estar, deitada na cama a ouvir música com os phones tão altos que eu também conseguia ouvir. Toquei-lhe no ombro para ela saber que eu estava ali. Assustou-se, como sempre.

- Sophie, sei que estás a pensar em mil e uma coisas mas eu só te queria dizer que eu não estou farta de ti, eu adoro-te. Eu sem ti fico sozinha. Tu és a minha melhor amiga desde o terceiro ano e eu não te trocaria por nada deste mundo e acho que não nos falarmos não faz sentido nenhum.

Ela fez um sorriso doce e abraçou-me.

- Eu sei que não. Estava só a ver se era verdade. – Respondeu-me.

- Que parva! Mas isso é assim? Fazes-me ficar triste sem motivos? – Indignei-me.

- Claro, queria saber se te preocupavas comigo ou se a minha presença não tinha importância, o que é que tu pensas? Tenho de me certificar!

Riu-se. Ri-me com ela e ficámos na brincadeira como sempre fizéramos.

Fui ter com o James algum tempo depois. Estava à minha espera no meu local preferido: o parque da minha rua. Era lindo, tinha baloiços para as crianças assim como escorregas, paredes para escalada e para adultos tinha uns bancos, muita relva e um lago com patos e flores lindas.

Continua (:

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Eu sou assim mesmo, de humor despreocupado, de olhares sonolentos, de cabelo amanhecido, de pensamentos distantes e de vida bagunçada."

domingo, 13 de novembro de 2011

Ray - Vigésima primeira parte .

Peguei nela e coloquei-a no meu pulso. Os problemas com a alma com nome de cão iriam acabar e já não me teria de preocupar, felizmente.

Já se estava a tornar tarde, passava da meia-noite e eu achei melhor ir dormir. A Marie desapareceu e a minha mãe veio-me dar um beijinho de boas noites e foi-se embora. O meu pai veio dizer-me para dormir que apesar de no dia seguinte ser Sábado, não podia abusar muito das horas.

Acordei por volta das onze horas. Olhei para o telemóvel e tinha uma mensagem do James, queria-se encontrar comigo durante a tarde para podermos estar juntos.

Queria falar com a Sophie. Tinha acontecido tanta coisa no dia anterior e ter perdido a minha melhor amiga desde os três anos era horrível. Ainda por cima, por uma razão muito parva. Tentei telefonar-lhe mas ela não atendeu, deveria estar a dormir. Levantei-me, então. O meu pai tinha saído para trabalhar e o meu irmão estava a dormir. A única pessoa acordada era eu e a Aline, a nossa empregada.

Cumprimentou-me e deu-me o pequeno-almoço.

Olhei para a pulseira, brilhava com a pouca luz que havia do sol. Dirigi o meu olhar para a janela da cozinha, deveria estar quase a chover. Era Outono, estava em fins de Novembro. Adorava o mês de Dezembro e Janeiro, costumava nevar e em tempo de aulas, quando a neve era muita, as escolas fechavam.
Tentei planear a minha tarde de maneira a ..
" FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES ! "

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ausência.

Sei que deixei o blog um pouco para "segundo plano".
Já não posto novas partes da história que ando a fazer à muito tempo, e dantes postava quase todos os dias.
Peço desculpa , tentarei cá vir com mais frequência, não prometo, vou apenas tentar.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ray - Vigésima parte .

- Sim, há imenso tempo. Éramos melhores amigas enquanto vivas.

- Morreram as duas em adolescentes? Que coisa estranha…

- Nós morremos juntas, que é diferente.

- Então? O que se passou? Ela odeia-te…

- Nós dávamo-nos muito bem. Estávamos sempre juntas. Até que eu me apaixonei pelo mesmo rapaz que ela. Quando ela descobriu, ficou furiosa e nunca mais quis falar comigo. Uma vez, eu estava distraída enquanto passava a passadeira e veio um carro com excesso de velocidade. Ela estava por perto e resolveu ajudar-me, veio contra mim para me empurrar para fora da estrada mas fomos apanhadas as duas pelo carro e enfim… Deves imaginar que morremos aí. Agora, além de me odiar por me ter apaixonado pelo mesmo rapaz que ela, diz que a culpa de ter morrido é minha.

- Bem, que história… Mas ela é mesmo parva! Não tiveste culpa de nada! Mas porque é que ela me odeia também?

- Porque tu passaste a ser a minha melhor amiga e ela pronto…

Fiquei algum tempo em silêncio, a pensar naquilo tudo. Como seria a sensação de morrer? Boa ou má? Será que víamos os nossos corpos como nos filmes?

- Nem boa nem má… - Respondeu-me ela. Tinha-me esquecido que ela lia os pensamentos, como sempre. – Depende da maneira como morres. Podes sentir uma dor, como se estivesses a levar uma vacina daquelas que doem um pouco. Mas passa logo, tens a sensação que te estão a levantar mas na realidade é a tua alma que se levanta e vai para onde quer, normalmente ficamos a assistir e acompanhamos o nosso corpo até ele ser enterrado, após isso só vamos ao nosso mundo para descansar.

- Que giro. Olha, como é que as almas conseguem fazer com que nos aleijemos?

- É o poder da mente que as almas têm. Conseguem fazer com que os humanos façam alguma coisa. Sei que a Fanny te fez isso…

- E não há nenhuma maneira de me defender?

- Claro que há, se andares sempre com isto. – Deu-me uma pulseira com missangas redondas de várias cores – Cada missanga representa um planeta, um poder, várias coisas. Nenhuma alma consegue usar a mente sem autorização de quem usa a pulseira.

Continua (: